quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Precisamos conversar


Não de passagem, não por educação... De verdade!
Quando eu pergunto se tá tudo bem e falo do nada como se não tivesse há anos em outra dimensão... Eu tô dizendo que eu estou com saudade de você. E é verdade.
Quando pergunto se tá tudo bem, não estou ignorando o fato de que você casou (e eu soube por redes sociais) e teve filhos (que criança linda, perdão aí não ter curtido todas as fotos e dito que a criança é linda, mas... Rede social não é tudo e tu também não pergunta da minha família... Que eu tenho desde que nasci).
Eu sou a pessoa que vive em seu mundo (e pelo menos esse eu posso dizer que é próprio, hein? Que conquista!), mas quando pergunto se tá tudo bem, estou falando de tudo. E isso inclui todo o teu mundo. Os pais que tu já tinha, os irmãos, os amigos, os filhos que são novidade, o "congi", o cachorro (ainda tá vivo?), os gatos (eu só citei pra não ser tão excludente... fodam-se os gatos...), os teus B.O., aquela espinha que te irritou a última vez que te vi... E tuas amiguinhas lá?
Amigo, o "tudo" do "tudo bem?" é tudo... Se tu não falou dos teus filhos não foi porque eu não perguntei, foi porque tu não quis.
Não diz por aí que não me importo, que nunca perguntei... Tá lá a pergunta. Se nesses anos todos eu não fui na tua casa foi porque tu não convidou (mentira, eu sou uma vaca mentirosa... Eu não ia mesmo) e se não conheci nenhuma criança que tu pariu (ou alguém pariu por você...) a culpa não é minha. Tinha espaço nos milhares de convites que te fiz. Nas coisas que a gente sempre fez antes, cabia uma criança correndo e eu também iria atrás dela.
Tem hora que falo amigo e hora que falo amiga porque cada trecho é pra uma pessoa... Pessoa que tem amizade comigo, ou teve, ou não quer mais ter...
Quando eu perguntar pra ti se "tá tudo bem", me fala de tudo. Tudo e todos. Bora falar mal dos outros. A gente é massa.

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¹ A postagem original foi publicada no substack que eu tava usando, programei para a mesma data.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Saudade do que a gente não viveu

Pedi ajuda do copilot pra preencher as imagens que não temos…¹

Falta tanta coisa na nossa vida real.
Faltam as pessoas que morreram, e não deveriam. Faltam as pessoas que sumiram, mas não deveriam. Falta o contato diário que não aconteceu mais, pois se perdeu no tempo e na falta dele.
E se nada disso tivesse acontecido?
E se a gente tivesse apenas dormindo e acordasse com o corpo quente e suado de um sono bagunçado no meio da tarde no sofá?
Nada de bom nos aconteceu, nada de ruim também. Quem será que nesse outro plano não faria parte de nossa vida?
Eu já tive sonhos absurdamente reais de me imaginar com um bebê lindo no colo e ver ela (sim, menina) crescendo e no final acordar com o mesmo vazio… Onde está aquela criança? Como consegui inventar tão bem aquela “não realidade”?
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¹ A postagem original foi publicada no substack que eu tava usando, programei para a mesma data.

domingo, 23 de junho de 2024

Não existe categoria pra gente

 

Estou usando imagens de copilot tentando melhorar isso…

Como faz? Como começa?
Já tentei de tantas formas voltar. Mas penso na idade… No meu primeiro blog eu tinha só 22 aninhos…. 15 anos se passaram. Tem noção?
Apesar de perceber que minha mente ainda é daquela adolescente tardia e boba que não tem meio e nem jeito de falar tudo que sente, estou aqui.
Achei a plataforma que queria, mas apanhei pra começar. Em que classificação em vou? Cultura? Às vezes falo de livro, filme e música… Pode ser cultura. Humor? Mas eu vivo triste, sou engraçada nos dramas poucas vezes… Coloquei os dois. Mas quero um diário pessoal. Uma carta para os amigos que perdi.
Talvez reencontre alguns com essas poucas linhas.
Quero falar de meus sentimentos sem ficar calculando muito “com quem posso conversar isso?”… Seria a menina que me joga as coisas na cara sempre que se vê infeliz com a própria vida? Seriam aqueles amigos que a gente nunca tem certeza se tá forçando amizade ou se são amigos mesmos? Seria aquela que sempre te convida pra conversar, mas quando se deixa tem sempre aquela sensação que falou demais e não confia nela o suficiente e…. É muito difícil escolher amigo pra conversar. Competição de drama, soluções não solicitadas, reviews dos seus problemas sempre….
Espero não incomodar os outros como fiz no Bibliotecária Escandalosa¹.
Eu parei lá por isso.
Comecei a pensar demais nas coisas que escrevia por que alguém chorou e me procurou pra conversar sobre meus desabafos, isso me deixou no chão, com medo.
Acho que o maior pesadelo de quem se entrega nesses desabafos é ser descoberta e machucar alguém.
A ideia nunca foi essa.
E… Espero que dessa vez seja diferente.

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¹ A postagem original foi publicada no substack que eu tava usando, programei para a mesma data.