Não de passagem, não por educação... De verdade!
Quando eu pergunto se tá tudo bem e falo do nada como se não tivesse há anos em outra dimensão... Eu tô dizendo que eu estou com saudade de você. E é verdade.
Quando pergunto se tá tudo bem, não estou ignorando o fato de que você casou (e eu soube por redes sociais) e teve filhos (que criança linda, perdão aí não ter curtido todas as fotos e dito que a criança é linda, mas... Rede social não é tudo e tu também não pergunta da minha família... Que eu tenho desde que nasci).
Eu sou a pessoa que vive em seu mundo (e pelo menos esse eu posso dizer que é próprio, hein? Que conquista!), mas quando pergunto se tá tudo bem, estou falando de tudo. E isso inclui todo o teu mundo. Os pais que tu já tinha, os irmãos, os amigos, os filhos que são novidade, o "congi", o cachorro (ainda tá vivo?), os gatos (eu só citei pra não ser tão excludente... fodam-se os gatos...), os teus B.O., aquela espinha que te irritou a última vez que te vi... E tuas amiguinhas lá?
Amigo, o "tudo" do "tudo bem?" é tudo... Se tu não falou dos teus filhos não foi porque eu não perguntei, foi porque tu não quis.
Não diz por aí que não me importo, que nunca perguntei... Tá lá a pergunta. Se nesses anos todos eu não fui na tua casa foi porque tu não convidou (mentira, eu sou uma vaca mentirosa... Eu não ia mesmo) e se não conheci nenhuma criança que tu pariu (ou alguém pariu por você...) a culpa não é minha. Tinha espaço nos milhares de convites que te fiz. Nas coisas que a gente sempre fez antes, cabia uma criança correndo e eu também iria atrás dela.
Tem hora que falo amigo e hora que falo amiga porque cada trecho é pra uma pessoa... Pessoa que tem amizade comigo, ou teve, ou não quer mais ter...
Quando eu perguntar pra ti se "tá tudo bem", me fala de tudo. Tudo e todos. Bora falar mal dos outros. A gente é massa.
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¹ A postagem original foi publicada no substack que eu tava usando, programei para a mesma data.
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