Lembranças de 2003...

Mais de uma vez o mesmo sonho...
Dentro de um salão meio escuro, sou empurrada até a luz de um candelabro por uma música... Uma triste valsa que me empurra ou me puxa, sei lá, de forma doce e paciente...
Sinto e sigo a música...
É a música que me mantém ali, mas é um estranho que me segura a mão e guia meus passos. E, entre um e outro passo, passos que nos juntam e separam, ele sorri, faz careta... Gira-me, empurra e puxa pra si... Já não é mais de forma doce, mas de uma maneira divertida que me faz esquecer que tenho problemas e que precisamos conversar sobre eles.
Seu rosto nunca esteve escondido, mas ele traz consigo a sensação de alguém mascarado. Ele traz os mistérios de velhos bailes de máscaras.
Não estamos devidamente trajados pra um baile. Estou como sai de casa: com a roupa de dormir. Ele? Bom, por incrível que pareça, só sei que ele não vestia smoking, nem nada do tipo.
Na dança, nada além da liberdade e transformação de uma borboleta... Vôo livre...

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