Fonte: Espíritos de Luz |
Não há sentimento mais doloroso do que o de impotência diante da morte de quem amamos...
A gente cria uma curiosidade louca em cima da pessoa... Parece que o que sentimos triplica e a gente sofre mais ainda...
Li no livro Tem alguém aí (Marian Keyes) duas coisas interessantes...
A primeira é que vemos uma borboleta sempre que uma pessoa morre. E essa borboleta é a pessoa que perdemos que veio se despedir.
No dia que meu primo morreu eu vi uma borboleta, minha irmã viu uma borboleta. E a borboleta perturbou todo mundo. O interessante é que isso ocorreu 1 ano antes de chegar a ler o livro.
O outro fato é a questão do ciclo. O luto é um ciclo que dura 1 ano. Esse 1 ano é marcado por todas as datas importantes: aniversário, natal, ano novo... Datas que lembrem a pessoa ou família. Exatamente 1 ano após a perda o ciclo se fecha e a gente já não pensa tanto na pessoa, já não dói.
4 mortes marcaram minha vida... 3 delas prematuras demais.
E a última foi a que mais doeu...
Mas a gente supera... Passa 1 ano achando que nunca vai ficar bem, mas fica!
O que não podemos esquecer nunca é que a vida continua... E outras pessoas precisam da gente.
A dor nos faz crescer...
E a gente aprende... Aprende que nada é pra sempre... E que tudo é temporário.
Adeus é só uma palavra...
E a vida não acaba aqui.