[Reblogando] A Trágica biografia romântica de Soraya Carvalho – Parte 3 de sei lá quantas....

Fonte de imagem desconhecida.
Bom, Yuyu saiu da escola e alguém tinha que herdar meu amor maior que eu... 
E foi o coitado do... Bom, eu não vou falar o nome, tem muita gente envolvida... Mas, biblicamente falando, era aquele cara que foi comido pela baleia lá... 
Eu não gostava dele, nem o conhecia... Mas, tem aquela coisa... 
A irmã do cara chegou pra mim e disse que ele andava solitário (ela tava paquerando o amigo dele) e pediu pra eu escrever alguma coisa pro garoto pra esquentar a vida dele (ri, eu era boba e apaixonada, vieram me falar que um cara bonitão, solitário, triste... O que fazer?).
Eu escrevi carta pro cara. Ele não respondeu as primeiras... 
Depois me respondeu com uma frase, achei massa!!!! 
“Você pode voar em um horizonte qualquer e pousar onde seu coração quiser!” 
Nunca entendi, mas na época achei liiiindo... 
Depois disso, a irmã dele me fez mandar uma música de Roberto Carlos, parece que o cara gostava de Roberto Carlos (credooo)... Eu ficava com medo de brincar com os sentimentos dele, algumas vezes não quis escrever, mas ela insistia e eu acabava fazendo... Ela dizia que ele não saia mais de casa, e que minhas cartas estavam motivando-o a sair... continuei.... 
Aí, chegamos a um ponto em que eu um marquei cinema com ele, mas eu não iria... 
A irmã dele disse que eu não precisava ir, mas eu não queria marcar com alguém e não aparecer... Pensei em desmarcar várias vezes, mas ela me lembrou que o objetivo era fazê-lo sair de casa. 
Lembro a data do cinema que marcamos, 22 de maio de 2000... Lembro que até liguei pra casa dela pra dizer pra ele não ir, mas ele atendeu e eu perdi a coragem... Lembro que eu quis ir, mas não fui porque nem sabia onde ficava o Cine Colossal... E mamãe nunca me deixaria ir, eu tinha só 13 anos... 
Enfim, ele foi... E, enquanto ele tava lá vivendo o seu bolo que eu não cozinhei, eu chorava em casa por descobrir-me apaixonada por ele... 
Pior nem foi isso, pior foi que depois disso ele não quis mais saber de mim, nem papo, nem oi... NADA! 
Então, os anos seguintes eu vivi a falta de respostas dele... Mandava carta, sem resposta. Recados, sem resposta... desisti... 
Pra mim é um pouco complicado dizer que eu era apaixonada por ele de verdade, pois o nosso único contato foram aquelas primeiras cartas que ele mandava pra alguém que não conhecia e eram respondidas por alguém que só o conhecia de vista... 
Mas, eu virei, de novo, um motivo de piada na escola... Ninguém me ensinou a esconder meus sentimentos e nem com as porradas que levei eu aprendi... Todos sabia que eu gostava dele, ele sabia, as meninas que gostavam dele sabiam e as meninas que ele gostava também. Essa é a pior parte, as meninas com quem ele tentava ficar sabiam que eu era uma besta apaixonada por ele e debochavam de mim... esfregavam as investidas dele na minha cara, e outras ainda vieram me dizer que não aceitavam ficar com ele em respeito a mim, pode? 
O cara, que já não ia comigo por existir, devia me odiar por todos os foras que ganhou...
Normalmente, quando falo de alguém no blog, eu envio a postagem para a pessoa, mas nesse caso deixarei quieto. É segredo nosso!

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* Originalmente publicado em 5 de junho de 2011.